Hoje eu vou pra minha pátria.
Estava distante do meu lugar. Não pude evitar, na verdade. O destino me levou para longe e não posso de certo dizer que foi um exilo frio. Conheci lugares fantásticos. Vi animais e plantas, rios e mares, coisas, pessoas e paragens. Quanta beleza! Aproveitei tanto quanto meus olhos e meu coração me permitiram.
Agora, ele bate acelerado, minhas malas estão prontas. É hora do retorno. A grande Ilha está ficando para trás. Aceno-lhe um adeus, sabendo que a volta é inadiável, e a saudade o preço a se pagar... Mas não me convém pensar em tais coisas, ao menos por agora.
Meus olhos neste momento se voltam para o infinito, o grande rio que se estende à minha frente. Deixo-me levar, tragado pela força que me carrega sem resistência.
O mar agora é calmo. Meu coração bate um tanto inquieto, mas logo encontrará tranqüilidade. Adeus. Estou voltando para casa.
(Obs.: Esse é um "quase-haicai", quando se pensa em contos. Apesar disso, é um dos meus preferidos. Estranhamente, ou não, só entendi totalmente seu significado há poucos meses atrás.)
domingo, 2 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário