Comecei aqui pensando em escrever sobre uma definição que li de um sábio hoje. Falava ele sobre dons. Pensamos em dons como algo que nos pertence, e que conosco permanecerá para todo o sempre - independentemente de quanto o querido leitor entenda por "sempre". Saiba que ele é maior do que se imagina, mas isso é conversa para outra hora...
Mas o fato é "dom" tem mesma raiz etimológica que "doação". Um dom é algo que é doado. Para os que perfilham na linha dos crentes, doado por uma força maior, receba o nome que receber.
Um dom é uma doação. Que pode ser retirado a qualquer momento. Afinal de contas, ao contrário do que ocorre com a pobre lei dos homens, a lei do Universo faculta àquele que doa o direito de retirar a doação quando entende que o beneficiado ainda não está apto a exercitar o dom concedido.
Temos tantos dons em nossa vida... Ver, ouvir, sentir. Ler, escrever, falar. Sorrir, chorar, amar e seguir em frente. São tantas coisas que temos, e que usamos tão mal, e que nos fazem infelizes por não sabermos usar. Somos como crianças que, no lugar de usar seus brinquedos com os amigos, ficamos jogando sozinhos, olhando pela janela desejando que alguém mais estivesse conosco. Só que aí teríamos que estabelecer regras para o jogo, e sempre queremos nossas regras, boas ou más que sejam. E, por isso, preferimos ficar jogando a bola na parede (sujando-a).
O propósito era só tratar disso. Mas, deitado na cama, à meia-luz, ouvindo uma canção que sempre nos embala, olhei para ela, mais uma vez. Dormindo, numa paz profunda. E pensei que há ainda outros dons que temos, dos quais não podemos nos esquecer jamais. E é o amor. Há muitas formas de exercitá-lo, com cônjuges, amigos, pais, irmãos, filhos... Todos tão importantes. Todos momentos tão únicos. Dons que a Vida nos concede, para que os aproveitemos bem, e não lançando impropérios, reclamando dos outros, procurando o mal em tudo e em todos... Quantos sentimentos belos podemos transmitir, em gestos e palavras. Quantas coisas boas a serem vividas!
Que seja uma semana de belezas nascidas no coração...
(Obs.: iríamos reiniciar a publicação dos textos antigos. Deixemos para a próxima oportunidade).
domingo, 22 de março de 2009
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