É difícil recomeçar um diálogo depois de algum tempo em que ficamos sem nos falar. É como uma porta deixada aberta, por onde espera-se que alguém entre. E esse alguém nunca vem, nunca manda notícias... Nem liga no celular para dizer porque está atrasado, ou a que horas chega. Primeiro vem o medo de que ele nunca venha; depois bate uma certa raiva (como é que ele não me fala nada??). Tentamos ligar no telefone, ele não atende. E então deixamos pra lá. "Se ele quiser, que me procure".
Até que ele aparece. Não espera encontrar ninguém aguardando por ele. Apenas está lá, de pé, tentando encontrar um olhar. Mas e se ninguém olhar? Bem, o que importa? Pelo menos ele está lá, novamente.
Abri a janela virtual nessa manhã, e lá estava um alguém tão querido... Pintando o mundo, tanto quanto este escriba, com suas particulares tintas. E colocou um pincel novamente nesta mão, e pô-la (de acordo com o novo acordo ortográfico, tem acento??) a desenhar velhas paisagens não mais navegadas.
Há muitos contos para se contar. Há muitas portas por se abrir. Há muitas telas em branco a serem preenchidas em cores realistas ou surrealistas, leves ou carregadas, brandas ou pesadas, de alegre escárnio ou de refletido pensar. Quantos olhos varrerão estas linhas? Quantos procurarão encontrar em meio ás difusas luzes sentido algum nas imagens criadas? Que importa tudo isso?
Que venham os contos...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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