Joana queria voar. Joana queria viver. Tão intensamente, tão vivamente, que sua mente vibrava em febre com tantas coisas intensas que via em torno de si. Não bastava simplesmente aguardar o dia de amanhã, era preciso experimentar tudo, aqui e agora.
Um dia, Joana decidiu. Libertou-se. Quebrou as algemas que a retinham ao solo, com lágrimas nos olhos abandonou o velho ninho de conforto. Abriu as portinholas da gaiola, deixando para trás velhos compromissos, e buscando o infinito.
Joana plana agora sobre os céus de brigadeiro, em sua ampla beleza primaveril, cheia de esperanças e calor em seu interior. É novamente como um jovem passáro que redescobriu o prazer de rasgar a imensidão vazia dos ares. Brinca descompromissadamente com outras aves, canta feliz um trinar de liberdade, suspende suas asas por alguns instantes apenas para sentir o vento mais intensamente rasgando por baixo de seu corpo, levando-a acima. Como uma mágica. Como a vida, que às vezes simplesmente leva sem direção.
Quem permanece no chão vê que agora ela voa, e fica cada vez menor no horizonte. Um coração apertado aguarda ansioso pelo retorno, esperando sinceramente um dia poder voar junto a ela.
O segredo não está em voar. Está em voar juntos.
sábado, 17 de janeiro de 2009
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